Paulo Rk

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Contemplação da mente

quinta-feira, 15 de março de 2012

Humor não tem nada haver com terrorismo cultural! Abaixo os shows "Proibidão"


Culturalmente falando, o Brasil é um país perfeito, além das nossas, rica fauna e flora, aqui vivem pessoas de todas as nações.
Povos do mundo inteiro, se refugiaram em um único pais, e o Brasil sempre generoso, acolheu este povo, que em busca de novas perspectivas e esperanças, e tijolo por tijolo, construíram as suas vidas, com bases em seus sonhos.
Nós, que somos filhos de estrangeiros, sabemos muito bem como é bom crescer no meio de tanta variedade cultural e temos que ter muita responsabilidade com ela.
Cresci dentro de uma família tradicional, daquelas que insistiram em manter por muito tempo a sua cultura milenar (até o falecimento da minha vó).
E no começo, quando tive que frequentar escola, passei por muitas dificuldades, “choques culturais” foram inevitáveis.
Pois quando ainda pequeno, não falava português, o que me tornava um estranho, no meio de tantas pessoas comuns.
E por algum tempo convivi com uma família de origem americana, “absorvendo”, algumas formas diferenciadas, e relevantes de cultura.
Enfim, tais “choques”, por ter vivido numa cultura e ser criada numa outra, ativou o meu lado criativo mental.
Hoje percebo que tais condições, me enriqueceram, e tudo que sou em termos de valores pessoais, agradeço a vida, por ter nascido aqui, no país do carnaval e futebol.
No entanto, um outro assunto me desagrada, levo muito a serio as questões sociais do nosso pais (pois vivo nele), e tudo que for feita, para colaborar com ela, seja de forma positiva ou negativa, me diz respeito.
Me preocupo, principalmente, com as questões “culturais” de influencias negativas.
Segunda passada, no Kitsch Club, zona sul de São Paulo, num show de stand-up, um músico se sentiu ofendido, quando um dos humoristas disse: “Dizem que a Aids veio do macaco, mas não acredito. Transo sempre com macaco”
O comediante, após ter falado isso , ainda olhou para o musico e disse: “Né?”
Do meu ponto de vista, a lista de “terrorismo” não pararam por ai, pois eles ainda faziam piadinhas de mal gosto, com deficientes físicos, pessoas cegas, mudas, cadeirantes, homossexuais, nordestinos e entre outros, aspectos que eles julgam ser “diferentes(e existem aqueles que acham graça).”
Algumas pessoas, dizem não ter nada haver fazer piadinhas, com determinadas “dificuldades alheias”, mas só quem vive ou convive, com determinadas dificuldades, e realidades de vida, sabe o quanto ela pode ser ofensiva.
E a questão é sempre mais delicada, se estes “humoristas” que se julgam profissionais, insistirem na banalização com a falta de respeito e consideração com as pessoas, em situações delicadas.
Eles estarão contribuindo, negativamente com a sociedade, plantando a semente da discórdia e contribuindo com falsos valores, cultivando o desrespeito mutuo.
Eu me preocupo, pois se hoje presencio situações sociais que não me agrada e não me favorece em nada é porque, no passado ninguém fez nada.
E se um dia eu me casar, quero que meu filhos, cresçam numa sociedade, onde o respeito mutuo, seja uma constante, ensinarei aos meus herdeiros , o que aprendi com os meus pais, “somos todos iguais, e todos somos, dignos de respeito!”
Quanto a estes humoristas, que fazem esses shows “Proibidão”, peço que façam testes vocacionais, para descobrirem as suas verdadeiras aptidões, pois fazer humor, não tem nada haver com “distribuições de ofensas.”
É um verdadeiro ato terrorista, de quem não tem competência de fazer as pessoas rirem com pensamentos e ideias, positivas ou politicamente corretos.
Paulo RK

Um comentário:

  1. Concordo com você Paulo, acho que atualmente esses humoristas estão passando do limite nas piadinhas que diz respeito a limitações alheias. Tem coisa que não tem graça nenhuma ficar brincando e sabendo que humor não é isso, se fosse assim as pessoas antigas não morreriam de rir no passado com humoristas bons e que não usavam essa técnica.
    Somos brasileiros, somos falhos mas quando identificamos o erro temos que corrigir sim!

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