Paulo Rk

Paulo Rk
Contemplação da mente

domingo, 14 de maio de 2017

Ajudando os outros estamos ajudando a nós mesmos!

Para vocês terem uma idéia pratico o budismo oficialmente e com afinco desde 1.999, e desde aquela época tenho estudado esta filosofia que tem me norteado e apaziguado as minhas angústias causadas pelas minhas próprias ignorâncias inerentes, o que faz ‘naturalmente’ sofrer toda a humanidade.
A questão é que desde o ano que me converti ao budismo tenho aprendido cada vez mais sobre a conduta humana correta, pois antes eu tinha um estilo de vida egoíca, era completamente mundano e gostava de levar vantagem em tudo, ao mesmo tempo em que tinha muitos complexos de inferioridade, potencializando se assim toda a minha forma egoística de ser e viver.
Por ter vários complexos de inferioridade, costumava me posicionar como vitima de tudo e de todos, então tal visão errônea acentuava a minha maldade em relação às pessoas do meu entorno, julgando e responsabilizando as por todas as coisas ruins que aconteciam comigo, adorava apontar para os erros das pessoas como se fosse juiz e estivesse acima delas, inclusive sendo egoísta, e é engraçado como atua o complexo de inferioridade dentro das nossas cabeças, por me sentir inferior, sentia a necessidade de julgar inferior todas as pessoas do meu entorno e convívio, sendo eu o “certo” em tudo, o ‘certinho da vez’!
Hoje depois de amadurecido na idade biológica e mentalmente falando, mas principalmente na prática budista compreendo que mesmo tendo problemas pessoais, ao buscarmos ajudar pessoas que estão passando por alguma dificuldade nesta vida, acabamos superando as nossas próprias dificuldades.
A filosofia budista é bem clara a este respeito que diz, ‘quando iluminamos o caminho das outras pessoas, iluminamos nossos próprios caminhos’!
Não é fácil mudar da noite para o dia, pois tudo que somos hoje é o resultado da prática de anos, mas nunca é tarde, se você sente a necessidade de mudanças porque inconscientemente você sente que está agindo errado com o seu semelhante, desafie.
Desafie a si mesmo, criando uma tarefa por dia e fazendo desta um hábito, até você ficar condicionado e começar a fazer automaticamente este ‘novo habito positivo’, mas lembre-se tem que ser ações positivas.
Um exemplo pessoal; sofria muito por ser orgulhoso, e com tal orgulho negava ajuda para minha irmã, membro da minha própria família, sendo verbalmente cruel dizendo que ela estava na “merda” por escolha própria e porque gostava, então imagine como era fácil para eu ser cruel com pessoas estranhas!
Enfim aprendi no budismo que de nada adiantava eu praticar uma filosofia de vida correta se agia de má fé com as outras pessoas (hipocrisia), sendo que tal jeito hostil de tratar as pessoas não me ajudava em nada, muito pior só piorava o meu sofrimento e independendo das razões que me levavam a agir daquela forma ruim, eu precisava me superar e com base nos meus aprendizados da filosofia budista tinha que fazer a diferença na minha própria vida.
E fazer a ‘grande diferença em nossas próprias vidas’ implica em fazer mudanças positivas na vida dos que estão próximos a nós e estão sofrendo por algum motivo, então de repente pessoas sofrem por não conseguirem administrar seus próprios dilemas de vida e de repente fazendo o que estiver ao nosso alcance podemos fazer despertar a pessoa que viveu a vida inteira na escuridão fundamental que aqui chamamos de ignorância, por esta razão no budismo se fala que ‘quando iluminamos o caminho das outras pessoas, iluminamos o nosso próprio’.
Mudar não é fácil, pois somos resistentes a mudanças, mas se por algum motivo você sente que está sofrendo neste mundo, e a despeito do teu próprio sofrimento tente fazer algo por alguém que também está sofrendo, tente libertar pessoas dos sofrimentos da ignorância delas mesmas, de repente você descobrirá que o teu sofrimento é uma gota de água em relação a um mar de sofrimento alheio.
Para quem não sabe o ‘sofrimento’ é um sinal da própria vida para nos mostrar que estamos errando em nossas condutas e é tempo de mudar, o ‘sofrimento’ é um alerta que nos faz atentarmos para os nossos próprios erros e negligencias com as nossas próprias vidas e contra os nossos semelhantes, por esta razão aprendi no budismo que a opção é sempre nossa, a ‘opção’ a fazer a escolha certa nesta vida, ser feliz ou infeliz, sempre caberá a nós tal escolha, não sendo responsabilidade de ninguém o nosso sofrimento! (pense e reflita para uma melhor compreensão dos por quês de seus sofrimentos)

Paulo RK

Nenhum comentário:

Postar um comentário